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A missão da Igreja é amar

Seja edificado ao ler um trecho de “Teologia da trincheira”, livro escrito por Antônio Carlos Costa

Por Antônio Carlos Costa em Teologia da trincheira

Nenhum dos mandamentos de Deus deve ser negligenciado, porque ao homem cabe submeter-se sem reservas àquele que o criou. Quando Cristo foi indagado sobre o que está acima de tudo na lei moral, respondeu: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12.30-31).

Nada está acima do amor. O amor é o que dá coesão à virtude, gerando harmonia entre suas expressões. É o amor que concede espontaneidade ao comportamento, desneurotizando a obediência. Sem amor, desempenho religioso algum agradará ao Deus que está preocupado tanto com o que fazemos quanto com o que somos.

A missão da Igreja é amar!

O amor vem antes da Grande Comissão. Ele antecede o chamado da Igreja para pregar o evangelho, que, com absoluta certeza, é expressão de compaixão sempre presente na vida daquele que ama e crê.

Antes de chamar a Igreja para pregar, Deus a convoca para o exercício do amor. Compreender isso é de fundamental importância para a correção daquele tipo de espiritualidade que resume a vida e a missão do cristão e da igreja ao ato de pregar o evangelho para quem não o conhece. Esse pensamento tem feito que igrejas inteiras neguem os princípios mais elementares do amor, em nome de uma dedicação exclusiva a algo que, se for real, levará o convertido a fazer muito mais do que evangelizar.

Imagino esse amor sussurrando nos nossos ouvidos o que devemos fazer por aquele que a providência divina põe em nosso caminho. Ele pode dizer: “Pregue o evangelho para essa pessoa, porque viver sem Cristo é muito triste”, “Leve uma cesta básica para a casa dela; a fome tem pressa, e um estômago vazio não tem interesse em metafísica”, “Ajude-a a investir em si mesma e a crescer como ser humano, a fim de que ela coma do pão com o suor do seu rosto, deixando de depender da misericórdia incerta da sociedade e do Estado”, “Ame essa pessoa de modo político; a cesta básica resolve seu problema imediato, mas não a introduz na verdadeira cidadania, livrando-a das amarras das estruturas sociais da maldade. Lembre-se de que ser bom escravocrata é inferior a lutar pela libertação dos escravos”.

Quem nos fez esquecer de amar desse modo? O que nos levou a negligenciar o mais importante? Por que mutilar o amor? •

Fique por dentro!

O artigo que você acabou de ler é um trecho do livro Teologia da trincheira – Reflexões e provocações sobre o indivíduo, a sociedade e o cristianismo, obra que traz uma edificante compilação de textos escritos por Antônio Carlos Costa, pastor e fundador da ONG Rio de Paz. Profundamente inspirador, o livro aborda temas importantes da doutrina cristã e apresenta o caminho bíblico e cristalino para uma vida de fé fervorosa, comprometida com o Reino de Deus e com o próximo.

Conheça também o outro título de Antônio Carlos Costa pela MC:

Convulsão protestante

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